Como se forma o ouro? Onde aparece? Como é feita a sua exploração? Para responder a todos estas questões sugerimos "Há Ouro na Foz", uma actividade de garimpo no rio Ocreza, que permite reconstituir todo o processo feito outrora por mineiros da região. No rio Ocreza a exploração de ouro dá-se em período que poderá remontar à Idade do Ferro, atendendo às pequenas ocorrências de conheiras, de tipologia mais simples, entre Sobral Fernando e a Ponte de Vale da Ursa. A vasta conheira de Sobral Fernando-Foz do Cobrão foi explorada seguramente na época romana, evidenciando ainda alguns vestígios das técnicas empregues. Mas o garimpo de ouro no rio chegou quase aos dias de hoje, efectuado por "gandaieiros", grupos de profissionais que se dedicavam à exploração do ouro de aluvião aqui e no Rio Tejo. Alguns destes antigos profissionais ainda podem ser encontrados na aldeia de Foz do Cobrão. A técnica de exploração utilizada por estes, tendo em conta o conhecimento empírico da hidrodinâmica fluvial, fornece ouro puro que não necessita de qualquer tipo de tratamento para se separar de outros materiais.