A OTQ, construída em 1951, era o local de tratamento do minério de Urânio da Mina da Urgeiriça e de outras explorações envolventes. Tinha capacidade de produção máxima para 200 ton/ano de U3O8. O minério passava por processos de britagem e moagem antes de se iniciar o processo químico. Quando o material se encontrava reduzido a pó, adicionada água de forma formar uma lama que era posteriormente colocada em agitadores com ácido sulfúrico (H2SO4) para se submeter a um processo de lixiviação, resultando uma polpa homogénea. Após este processo, a polpa seguia para decantadores onde a fase líquida (rica em urânio) era separada da fase sólida (lama estéril) e era posteriormente sujeita a um processo de filtração. A fase líquida, rica em urânio, segue para um processo de extração por solventes. Trata-se de um processo de concentração de urânio, efetuado através da adição de reagentes químicos. O produto desta concentração era posteriormente conduzido para um processo de precipitação onde era adicionado hidróxido de amónio (NH4OH). Por fim, o produto era sujeito a filtração a vácuo, onde era adicionado sulfato de amónio (NH4SO4) para eliminar o sódio presente, considerado penalizante. O material passava depois por uma prensa, sendo logo depois conduzido para a estufa para um processo de secagem. Por fim o produto era reduzido a pó e armazenado em bidons. Obtia-se assim um concentrado de diuranato de amónio (U3O8), também conhecido por “Yellow Cake”.
