A Rota da Geologia e Arqueologia do Ródão leva o visitante numa viagem de 500 milhões anos que remonta até aos primórdios dos sedimentos que deram origem ao quartzítico da Serra das Talhadas. Um dos pontos altos deste percurso encontra-se no miradouro sobre as Portas de Ródão, a colossal estrutura geomorfológica resultante da transposição do Rio Tejo através da crista quartzítica. Nas proximidades deste local podem ser observados registos vários de organismos que deixaram as suas marcas nas areias antigas, hoje fossilizadas e testemunhos de importantes episódios da evolução geológica da região. Também grandes árvores parentes das anoneiras, típicas de climas quentes, tiveram expressão neste território, como comprovam os troncos fósseis na Casa das Artes e Cultura do Tejo. Para uma melhor interpretação do encaixe fluvial do Tejo, a rota segue para os terraços da Foz do Enxarrique e da Srª da Alagada, testemunhos dos sucessivos embutimentos do rio Tejo. No terraço da Foz do Enxarrique, classificado como Imóvel de Interesse Público, foram encontrados fósseis de veado, auroque, elefante e rinoceronte, do final do Paleolítico médio. Os vestígios mais antigos de ocupação humana do Geopark Naturtejo registam-se em Vila Velha de Ródão (Monte do Famaco) e alguns deles podem ser visitados na Sala de Arqueologia do Museu Minicipal.