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Achada do Gamo, Mina de São Domingos

A Achada do Gamo foi, desde o início das actividades modernas de mineração na Mina de São Domingos, o centro das actividades metalúrgicas sobre os minérios extraídos. Na fase inicial da laboração e em acordo com o paradigma técnico da época (3º quartel do século XIX), o processo de tratamento metalúrgico das pirites cupríferas preferencialmente utilizadas foi a ustulação, ou seja, a queima em fornos ou em medas (também denominadas teleiras). Na prossecução deste processo, o enxofre contido na pirite, constituindo normalmente quase metade do volume do material, é volatilizado para a atmosfera sob a forma oxidada. Daqui decorrem três consequências importantes: o volume e massa do minério são reduzidos para cerca de metade, com a melhoria de operacionalidade e o aumento de valor inerentes; o enxofre contido na pirite é perdido, com a consequente dissipação do valor que poderia ter na produção de materiais como o ácido sulfúrico; o enxofre libertado para a atmosfera destrói quase toda a vida biológica presente nos ecossistemas afectados pelos fumos resultantes da ustulação. Assim sucedeu com os fumos libertados pelos fornos e medas instalados durante o século XIX na Achada do Gamo, dando lugar a processos de indemnização aos agricultores afectados. Com a reconversão para a metalurgia pela via húmida a Achada do Gamo continuou a ser o nó fulcral das actividades de transformação dos minérios extraídos em São Domingos, tendo sido instalado o sistema de canais e tanques de cementação que permitiu a produção de concentrados de cobre por precipitação, iniciada em 1877. Já durante o século XX, entre as décadas de 30 e 40, uma nova direcção de exploração industrial tomou lugar: o enxofre, entretanto muito valorizado, passou a ser extraído das pirites cupríferas através de fornos (processo Orkla) em duas unidades fabris instaladas na Achada do Gamo durante os anos de 1934 e 1943. O impacto destas actividades sobre o ambiente é a mais clara e óbvia constatação a ser feita por quem atravessa este território, sendo também aquilo que torna esta paisagem tão extraordinariamente estéril e atraente.

CARATERÍSTICAS

LOCALIZAÇÃO
Morada: Rua de Santa Isabel nº 30/31
Localidade: Mina de São Domingos
Código Postal: 7750 - 146
Telefone: 286647534
Correio Eletrónico: fserraomartins@gmail.com
Website: http://fundacaoserraomartins.pt/
FUNCIONAMENTO
Local público, sem horário e valor de entrada definidos.
ORGANIZAÇÃO DA VISITA
A visita deste Ponto não necessita de marcação prévia e não pode ser feita individualmente.

Condições Específicas:
-

Modo de Realização:
Transporte próprio

Nível de Dificuldade:
Média

Visita para grupos:
Não
Visitas guiadas:
Não
Observações:
-
EQUIPAMENTO EXISTENTE
Instalação mineira exterior
APOIOS EXTERNOS
TRANSPORTE
Tipo de Transporte:
Táxi
Nome da Agência:
Geral de Táxis
Telefone de Contacto:
286611117

Parque destinado a viaturas privadas:
Sim

SÍTIOS DE INTERESSE TÚRISTICO
ROTAS ASSOCIADAS
Rota da Faixa Piritosa Ibérica

A Rota da Faixa Piritosa Ibérica é um percurso temático de turismo mineiro e geológico dedicado à Faixa Piritosa Ibérica, considerada uma das principais regiões mineiras da Europa, com mais de 90 jazigos de sulfuretos maciçosconhecidos, distribuídos pelas regiões do Alentejo e da Andaluzia. Além das minas de pirite ocorrem na província centenas de jazigos de manganês e numerosos filões de cobre, de chumbo, de bário e antimónio.



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